22 junho 2010

Empatar não é preciso

Há um importante detalhe que o Órgão Executivo do Movimento Pró-Partido do Norte não pode dar-se ao "luxo" de negligenciar desde já, que consiste em refrear os ímpetos perfeccionistas que eventualmente venham a verificar-se no seio dos seus militantes ou colaboradores. Este Movimento - que espero fervorosamente venha a constituir-se a breve prazo em Partido político -,  devia ter nascido há uma dezena de anos atrás, como tal, não deve perder mais tempo com questões de pormenor. O momento é de agir, não de discutir.  A acção terá necessariamente de ocorrer de forma firme, organizada  e coerente com o Manifesto do Movimento, mas com a máxima celeridade.

No interior da estrutura dirigente existem figuras políticas cujo perfil e experiência deveriam ser devidamente aproveitados para orientar os militantes mais jovens a quem seria passado o "testemunho"do know how para o futuro. As lideranças deverão ser naturalmente entregues à pessoas que estiveram na génese da criação do Movimento e sem quaisquer complexos, que por sua vez deverão eleger os elementos mais válidos e pragmáticos para os assessorar. Os preciosismos nestes momentos só servem para emperrar a "máquina", para empatar. Quem considerar ter algo a acrescentar de positivo ao Movimento que  preserve  a matéria  para momento oportuno. Agora, é hora de toque a reunir.

Recordo que foi por extravagâncias deste tipo que a Regionalização fracassou. Os "perfeccionistas" e resignados foram os melhores aliados do Centralismo. Diziam que o país era demasiado pequeno para ter regiões, e que a descentralização bastaria para tudo mudar. O resultado é o que se vê. Seria de grande utilidade para o Norte que agora reconhecessem [sem rancores] que estavam errados e deixassem o Movimento fluir naturalmente o seu curso.

O momento não é para discursos demasiado ambíguos e divisionistas. E muito menos para protagonismos inócuos. Há que ser prático e regionalista. Ser regionalista em momentos de profunda depressão como esta, é ser profundamente patriota. Não tenho a menor dúvida.


9 comentários:

  1. Rui Valente estou completamente de acordo com o que diz, é imperativo agir!!!

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  2. Nim, caro Rui !

    Por exemplo: POr causa das SCUTS convocar de imediato um protesto em marcha lenta nas AEs de Lisboa.

    Porém é preciso que o caso de injustiça não seja apenas a via do Infante. É necessário provar que outras vias de perfil de AE na região de Lisboa devem ser portajadas. Assim de cabeça o início da portagem da A5 entre Cascais e Lisboa só começa em Porto Salvo e da A1 só começa em Alverca. Na prática a isenção é muito grande. É preciso estudar o assunto de forma a que os protestos tenham sustentabilidade, o que não é difícil.

    Exemplo de pesquisa que é preciso fazer para quantificar as injustiças:

    Porto tem portagem da A3 a 12 km do limite do concelho
    Porto tem portagem da A1 a 17 km do limite do concelho
    Lisboa tem portagem da A5 a 19 km do limite do concelho
    Lisboa tem portagem da A1 a 14 km do limite do concelho

    Este não é um bom exemplo mas penso que é pedagógico.

    Um bom exemplo: Porque é que os 22 km de Sintra a Lisboa pelo IC19 são gratis e os mesmos 22 km de Paços de Ferreira às A3 são portajados ? Será que é pelo facto de o IC19 afectar mais votantes ?

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  3. A 2ª circular é equivalente à VCI e portanto sem portagens. Mas a CRIL (http://pt.wikipedia.org/wiki/A36_%28autoestrada%29) é uma SCUT de 16 km equivalente ao nosso antigo IC24.

    Caro Rui, é preciso algum trabalho de casa, que dura umas horas, para se apresentar na comunicação social argumentos inatacáveis e se poder passar a acção. Esta informação sobre scuts até está no wikipedia !!!

    E repare que metade da argumentação já está feita, a via do Infante. Só precisamos de arranjar uns KMs de scut em Lisboa.

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  4. José Silva,

    este parágrafo não sintetizará a resposta às suas questões?:

    «A acção terá necessariamente de ocorrer de forma FIRME, ORGANIZADA e COERENTE com o Manifesto do Movimento, mas com a máxima celeridade.»

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  5. Meus enhores,

    Tenho estado a par das actividades deste como de outros Movimentos desde a 1a hora e se por um lado muito me apraz saber qu existem pessoas com coragem para mudar o que esta mal e darem a cara por CAUSAS e nao por COISAS,por PESSOAS e nao por INTERESSES,tambem me faz uma certa confusao que tenha sido necessaria a ameaça das portagens para tudo vir a publico. O tema é sem duvida pertinente mas temos que ter algum cuidado,a historia faz-se mas nao se apaga do dia para a noite. Nao vamos cair em cliches e banalismos. A questao central no tema das portagens, como noutros nao sao 10kms a montante ou a jusante mas o principio do qual partiu: o Norte nao apresenta o rendimento per capita que se advoga nem as estradas têm as alternativas que se sonha ter..antes tivesse era bom sinal. Isso sim sao indicios preocupentes,a falsificaçao de dados, a mentira recorrente, o forçarem as empresas sistematicamente a ter sedes em Lx e nao darem emprego nem oportunidades ao Norte enchendo-o de Rendimentos Minimos, pobres programas educativos e de saúde e nao apostar nas gentes e nas mais-valias da regiao. Olhemos para o todo e nao para as partes.Fala-se em regionalizaçao, em que paramentros?Com que consequencias e com que mais-valias?Cm q aparelho governativo?Aliado à Galiza?Claro q sou contra as portagens no seu todo porque o Norte nao tem que pagar mais compadrios mas tambem sou contra o Mini-Portugal ou o Portugal de uns e nao de todos. Debatamos ideias e nao nos precipitemos. Agora a justiça e a equidade depois o resto mas frente-a-frente sem debates demagogicos mas com trocas de ideias pertinentes.Nao nos esqueçamos que somos nortenhos,portugueses e europeus nao por esta ordem mas no mesmo patamar.

    Muito Obrigada,
    Luisa Vaz

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  6. Cara Luizita,

    o Movimento Pró-Partido do Norte não se inspirou nesta questão das portagens nas Scuts, começou muito antes. Aliás, motivos para se inspirar é coisa que não falta.

    Deixemos crescer a "criança" [Movimento], não queiramos transformá-la num prematuro e perfeito adulto.

    Cumpts.

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  7. não vejo necessidade nenhuma de descer a Lisboa em manifestação e acto de vassalagem ao sistema instituído. o sistema vai ter q ser mudado a partir daqui. desobedeça-se e pronto. se ninguém fosse aos CTT levantar o porcaria do chip os tipos borravam-se de medo. este estado de coisas só existe porque o permitimos.

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  8. Concordo com o António Alves, e o que ele sugere é precisamente o que tenciono fazer. Desobedecer. Ponto.

    Não gosto que me vão à carteira mesmo que o ladrão tenha a capa do Estado.
    Feitios!

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  9. ou isso antónio. buzinar por ca e q nao serve de nada

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