30 dezembro 2011

Convocatória para conferência de imprensa aberta do MPN - Movimento Partido do Norte, o Partido das Regiões

Sábado 31 de Dezembro, 15 horas, Rua de S.Brás
"Contributo para o desenvolvimento e a criação de emprego em Portugal"


1. De acordo com o Secretário de Estado Adjunto Carlos Moedas, "Fevereiro é o mês decisivo da avaliação da reforma da economia portuguesa" (Público, 29.12).

Do que tivemos conhecimento, os Governos continuam a demonstrar uma consequência de se terem formados tantos juristas no País, dado ser simplesmente um conjunto de articulados legais, que neste momento não serão o detonador do desenvolvimento, pese embora os bloqueios que se corrijam.

Consideramos que temos mais um Governo falho de acções concretas no tecido empresarial e na Economia, porque não os conhecem e não estão vocacionados.

Fica aqui um contributo do MPN, complementar a estas medidas.

2. No MPN entendemos que desde logo crucial uma mudança da perspectiva, considerando-se o mercado interno como prioritário para o nosso desenvolvimento.

Repetimos: o mercado interno!
Exportações, internacionalização e emigração é algo dos genes dos portugueses, nada têm a ver com políticas económicas ou sociais de promoção, que não são necessárias.

A necessidade e o exíguo mercado interno há muito que direccionam as empresas, sobretudo as do Norte e Centro, nesse sentido.

As televisões continuam a encher-nos da Geração Erasmus, mas não estamos aqui a falar de turismo universitário, pago pelos pais das classes alta e média/alta. Mas das situações em que a pobreza e o desespero empurraram muitos para a emigração.

Como criar valor e escala no mercado interno, como captar investimento para Portugal, como fazer crescer a população em Portugal, como contrariar o despovoamento?...

Esse é o tipo de questões que consideramos cruciais.

3.Devemos passar da fase de planos e protocolos para projectos concretos.
Exemplos, entre muitos:

(i) Neste momento, o Brasil envia 100 mil bolseiros para se formarem no estrangeiro (Programa Ciência sem Fronteiras).
Algumas Universidades Portuguesas estão a deslocar-se para este mercado quando a perspectiva deverá ser a de trazer esses estudantes para Portugal.

No Público de 28.12, são referidos casos de estudantes e professores estrangeiros, que na busca do nosso sol, gastronomia e segurança, se impressionam com a qualidade do nosso ensino, que sobe nos rankings internacionais. O objectivo deverá ser trazer esses estudantes para Portugal, para criarem por cá laços, e para gastarem dinheiro cá.

O mesmo em relação ao "rico" país de Timor, que tão mal tem sido tratado pelos responsáveis Portugueses. Há dois anos, tinham 2 mil milhões de euros para investir, ninguém quis! Agora têm mais.Angola e, em breve Moçambique e o pequeno S.Tomé e Príncipe e Cabo Verde, estarão também no Grupo de potenciais imigrantes universitários.

(ii) A "importação" de reformados europeus
Podemos constatar a existência de uma empresa asiática, com participada em Portugal, que poderá colocar, a titulo experimental, centenas de reformados da Escandinávia, Alemanha e Inglaterra em clínicas geriátricas do Norte de Portugal. Como primeiro teste e de imediato.

Adicionalmente, as suas altas reformas induzirão consumo nas zonas em que se instalem.
As outras vantagens estarão na promoção de investimento de valor acrescentado, por assente nas competências de profissionais de saúde e não em serviços de limpeza de imigrantes vindos dos PALOP's, que tem sido o modelo apoiado pelo AICEP para o Alentejo e Algarve.

Este é o modelo de turismo, geriátrico e de saúde, que deverá ser apoiado pelo Estado e seguido pelo sector privado.

(iii) A inevitável protecção do ambiente
Necessária para o turismo, imigrantes reformados europeus, sectores agro-industriais e como protecção de danos para a indústria do vinho do Porto e Douro.

Portugal tem mantido relativamente preservado o seu ambiente e é um factor diferenciador e de atracção, pese embora os atropelos no Algarve, os riscos dos projectos PIN para a Costa Alentejana e o assassino Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hídrico,

Aqui é fácil para advogados e legalistas. Cartão Vermelho!
Parar com o Plano no Tua, Sabor e Tâmega. Ir para Tribunal com quem aprovou licenciamentos ilegais, pagou adiantamento por obras não licenciadas como forma de pressão e criou dívida odiosa em Portugal.

(iv) A reabilitação das linhas ferroviárias
O despovoamento de Trás-os-Montes e Alto Douto está directamente relacionado com o encerramento das linhas do Sabor, Corgo, Tâmega e agora Tua e depois Douro.

Quando deveriam ser potenciadas, e ligadas a Bragança (no caso do Tua) e a Salamanca (no caso do Douro), fazendo-as tocar na Alta Velocidade Espanhola, que passa em Sanábria e Zamora. O mercado emissor de turistas de Madrid ficaria a 1h30 do Património do Douro e de Trás-os-Montes.

Do outro lado, por 23 milhões de euros, a linha do Minho deverá colocar Vigo-Porto a 1h30 de distância e voltar a tocar na Alta Velocidade Espanhola.

Esta "mão ferroviária", articulada com o terminal de Cruzeiros de Leixões e as dezenas de milhar de novos turistas que aí vão chegar, oferecerá os Patrimónios da Humanidade do Porto, Guimarães, Douro, Salamanca e Santiago de Compostela, de forma organizada e integrada, resolvendo o problema do pouco tempo de permanência no Douro e no Porto.A gestão ferroviária deverá ser regional, entregue para já ao Eixo-Atlântico, com mercado liberalizado, admitindo-se a entrada da FEVE e REFE no território português.

(v) A exploração de minério
A reabilitação da linha do Sabor e o licenciamento à Rio Tinto da exploração de ferro, entre outros casos e a título de exemplo.

(vi) A importação de empreendedores e o "intra-empreendedorismo" com spin-offs
Existe um déficit muito grande de capacidade empreendedora e de risco em Portugal, e falta o investimento em dois domínios cruciais e de resultados mais rápidos. Trazer empreendedores para Portugal (será feito a partir de um programa de TV, realizado por especialista nacionais, que procurará locais em Portugal, articulação com artesãos locais de grande qualidade, ambientes natuais de eleição como o Vale do Tua e os Rios Sabor e Tua, e divulgados no estrangeiro) e desafiar as nossas maiores empresas a criaram dentro de si núcleos de empreendedorismo que possam resultar em novas empresas (em preparação pela Sedes Porto).

(vii) A reabilitação low-cost das cidades, por arquitectos e engenheiros das Universidades do Porto, Minho e Aveiro
Desafio aos arquitectos e engenheiros de apresentar soluções e implementá-las, direccionadas para um poder de compra que permita o regresso de habitantes ao centro das grandes cidade, começando pela do coração do D. Pedro IV, o Porto.

4. Deste plano, apenas a reabilitação das linhas ferroviárias e a reabilitação urbana necessitarão de fundos.
Atendendo aos apoios comunitários a 85% e aos já previstos para a Alta Velocidade, seriam mais que suficientes para a "mão ferroviária" do Norte, necessária ao apoio a esta politica de desenvolvimento, que trará mais impostos para bem do país, em vez do desvio destas verbas para a terceira travessia do Tejo, sem benefícios visíveis para o País.

A reabilitação urbana será paga pelos Fundos do Programa Jessica.
Nada se pede que não exista já.

Fica aqui um contributo nosso, porque queremos um País melhor e uma Região mais forte.

José Ferraz Alves
Secretário Geral
Coodenador Empresas e Empreendedorismo

14 novembro 2011

Lisboa, terceira metrópole europeia. Ou não.

Publicado no Público.
Francisco Jaime Quesado trouxe-nos um artigo pejado de erros e omissões
No seu artigo “Um choque territorial“, publicado no Público a 27 de agosto, Francisco Jaime Quesado (FJQ) afirma que Portugal necessita duma “aposta nas cidades médias” para conseguir um país mais “plano”. Afirma também que, segundo o “novo estudo de projecções da ONU, em 2025 a Região da Grande Lisboa vai comportar 45,3 % do total da população do país”, passando de uma população “de 3,8 milhões, em 2000, para 4,5, em 2025″. A Área Metropolitana do Porto teria, em 2025, 23,9% do total da população portuguesa.
Não querendo fazer considerações de política territorial às afirmações de FJQ, prefiro concentrar-me na discussão dos números apresentados, e das denominações utilizadas. Começo pela “Grande Lisboa”, que no início do artigo também é referida como “Região da Grande Lisboa”. A “Grande Lisboa” é uma NUTS III (correspondente ao sul do distrito de Lisboa) que comportava em 2009 pouco mais do que 2 milhões de habitantes, enquanto que a “Região de Lisboa” é uma NUTS II (que existe apenas para efeitos estatísticos, e que engloba o sul do distrito de Lisboa e o norte do distrito de Setúbal), com mais de 2,8 milhões de habitantes. É coincidente em termos geográficos com a Área Metropolitana de Lisboa (AML). Conclui-se então que nunca existiu qualquer “(Região da) Grande Lisboa” com 3,8 milhões de habitantes, nem em 2000 nem agora.
Por outro lado, FJQ compara essa massa gigantesca (imaginária?) de território e população com a Área Metropolitana do Porto, essa sim concreta e facilmente quantificável: quase 1,7 milhões de habitantes em 2011, cerca de 16% da população portuguesa. O que se consegue com este jogo de números, denominações trocadas e confusão geográfica? Um engano, que procura prolongar o mito de que um terço da população portuguesa habita em Lisboa (e à volta dela). E com isso se eternizam opções de desenvolvimento erradas, com centralismos irremediavelmente desfasados da realidade.
 
A infografia que apresento foi criada expressamente para rebater esse mito. Ou melhor, rebato esse mito confirmando-o: um terço da população portuguesa mora de facto no concelho de Lisboa e à sua volta. Se repetirem o exercício (abstrato) de desenharem uma circunferência com um raio de 80 km centrada em Lisboa, encontram cerca de 3,45 milhões de pessoas, quase um terço da atual população total do país, 10,6 milhões. Mas se desenharem igual círculo à volta do Porto, encontram cerca de 3,77 milhões. Mais de um terço da população. E se o raio aumentar para os 120 km, a diferença é ainda maior: 5,29 milhões à volta do Porto (incluindo Vigo e outros concelhos galegos) e apenas 4,08 milhões à volta de Lisboa.
O que se pode concluir disto? Lisboa, enquanto aglomeração urbana (ou enquanto Área Metropolitana), constitui a maior concentração populacional do país. Quanto a isso não restam dúvidas. O Porto, enquanto região metropolitana (ou assumindo os 120 km de raio como “área de influência”), é a maior do país. E é o centro datrigésima terceira maior megarregião do mundo (que Richard Florida erroneamente apodou de Megarregião de Lisboa). A demografia diz-nos pouco do poder real das regiões, mas é clara neste aspeto: o Porto é o centro populacional do país.
Voltando ao artigo de FJQ, o autor refere, com a clareza que só os números podem dar, que essa “Grande Lisboa” concentraria em 2025 “45,3% do total da população do país, tornando-se na terceira maior capital metropolitana da União Europeia, logo a seguir a Londres e a Paris”. Após ler tal projeção, inédita para mim, tratei de procurar na internet dados que corroborassem as afirmações do autor. Encontrei de facto as World Urbanization Prospects, publicadas pela ONU. A última atualização foi feita em 2009, não se percebendo muito bem o que entende FJQ quando escreve “o novo estudo de projecções da ONU”. Um “novo estudo” com dois anos de idade. Nesse estudo Lisboa é apresentada como tendo em 2009 2,8 milhões de habitantes (a população da AML), prevendo que a população possa chegar aos 3 milhões até 2025. Percorrendo o documento percebe-se que esse crescimento, relevante, não aproxima a AML da dimensão de outras aglomerações urbanas europeias que não Paris ou Londres (Madrid, 5,8 milhões em 2009, 6,4 em 2025; Berlim, 3,4 milhões em 2009, 3,5 em 2025).
Por outro lado, quando FJQ fala da concentração de 45,3% da população portuguesa, confundiu a população total com a percentagem da população urbana a residir na zona da capital. Esse número, 45,3%, corresponderá já à percentagem da população urbana portuguesa que habita na AML. O que os estudos da ONU nos dizem é que essa percentagem, até 2025, irá descer até 41,6%. Ou seja, apesar do aumento de população estimado para a AML e da diminuição do total da população do país (de 10,6 para 10,1 milhões), o peso da AML no total da população urbana do país irá até diminuir. As conclusões de FJQ, assim sendo, perdem todo o fundamento. O que a ONU nos diz é que a população portuguesa continuará a deixar as zonas rurais, mas cada vez mais para outras concentrações urbanas, também no litoral.
Nuno Gomes Lopes, arquiteto
P.S.: descobri em http://www.apfn.com.pt/Noticias/Set2008/110908a.htm outro artigo de FJQ intitulado “Portugal (ainda) não é plano”, que está referenciado como publicado pelo Público a onze de setembro de 2008. Outro artigo? A verdade é que os artigos só não são exatamente iguais porque algumas palavras são diferentes e certas frases não existem em ambos os artigos. A única verdadeira diferença é esta: nesse primeiro artigo os dados da ONU não são relativos a 2025, mas sim a 2015.

08 novembro 2011

Gato escondido com o rabo de fora

O governo, através do chamado “Documento Verde da Reforma da Administração Local”, pretende levar a cabo um conjunto de reformas que na prática se resumem à eliminação economicista de Freguesias, à imposição de executivos mono colores nas Câmaras (acabando com a governação colegial), à atribuição de mais poderes às Câmaras Municipais e às ineficientes Comunidades Intermunicipais (filhas dilectas do actual ministro Miguel Relvas) que mais não são que uma tentativa encapotada de evitar a Regionalização Administrativa do Território.

 A justificação económica (poupança) cai pela base à mais leve análise. As juntas de freguesia têm um custo irrisório no conjunto da despesa do Estado: o poder local é responsável por apenas cerca de 8% da despesa pública – uma das percentagens mais baixas da Europa – e por 12% da dívida pública. O descalabro das contas públicas portuguesas está no Estado Central e não nas Autarquias. Isto obviamente não invalida que todo o dinheiro público deva ser gerido parcimoniosamente e que o desperdício e os abusos (empresas municipais, por exemplo) devam ser erradicados. As Câmaras Municipais e as Comunidades Intermunicipais (um órgão não eleito ao qual carece legitimidade democrática para tomar decisões que impliquem com a vida das pessoas) não devem acumular mais poder. As Autarquias são órgãos de poder local e não regional. A solução é cumprir a Constituição da República e instituir a Regionalização Administrativa do território. Instituir governos regionais eleitos democraticamente com legitimidade e meios para coordenarem as autarquias locais e implementarem políticas de desenvolvimento regional. O Estado central será assim ser liberto para aquelas que são as suas funções primordiais: representação, defesa, segurança, justiça, segurança social e governo macroeconómico.

O governo colegial das autarquias, contendo no executivo a própria oposição, não tem sido factor de bloqueio a uma boa governação, antes pelo contrário. Nem esse facto tem sido impeditivo de governos autárquicos fortes e personalizados - o caso da cidade do Porto é um exemplo paradigmático. Os concelhos portugueses, com a excepção meia dúzia, não possuem massa crítica eleitoral e social para arriscarem governos de pura maioria parlamentar. Atribuir um poder desmesurado a um só partido ou pessoa, tornará as Câmaras Municipais ainda mais permeáveis ao caciquismo autoritário. Esta é uma forma manhosa, a coberto da retórica democrática, de ampliar o feudalismo municipal. Estratégia que serve perfeitamente a manutenção do absurdo sistema centralista que nos desgoverna. O Suserano em Lisboa, magnânimo com os seus vassalos, e os 308 todo-poderosos condes e duques espalhados pelo território governando, sem visão de conjunto regional e nacional, os seus pequenos Coutos. Dividir para reinar. 

Embora nos grandes centros urbanos a discussão sobre as funções e o número de freguesias se justifique, no mundo rural e no interior este órgão de base do edifício administrativo português alcança uma dimensão simbólica e utilidade de modo nenhum negligenciáveis. A sua discussão não pode ficar pela mera intenção de reduzir e agregar cegamente. A presença das freguesias no interior rural e despovoado, além de funcionar como vector de transmissão de algum, escasso, dinheiro aos sítios mais recônditos e esquecidos pelo centro, é, ainda, o último elo de ligação ao Estado daquelas populações esquecidas. Exercem uma insubstituível e inestimável função de soberania territorial. As Juntas de Freguesia, em muitas povoações do interior, são as únicas instituições onde ainda é possível ver uma bandeira portuguesa desfraldada ao vento. Isto num país que por uma deliberada ausência de políticas de povoamento e pelo abandono sistemático da Agricultura tem vindo a ver as suas fronteiras produtivas reduzidas a uma estreita faixa litoral. Este é um problema grave que aumenta, e muito, o nosso hiato do PIB. Isto é, a diferença entre aquilo que o país poderia produzir, se todos os seus recursos fossem bem aproveitados, e aquilo que na realidade produz. 

Esta reforma é inconstitucional porque vai contra o espírito da lei fundamental. Muito mais importante que a forma da lei plasmada nos códigos é o espírito dessa lei. E esse, apesar da recentemente introduzida obrigação do referendo, determina que a Regionalização deve ser levada a cabo. Atentar contra isso, à socapa, é contrário ao espírito da lei fundamental.

Esta pseudo reforma é gato escondido com rabo de fora. O rabo é a tentativa não assumida de inviabilizar o processo de Regionalização para sempre.

 António Alves
MPN

30 outubro 2011

Rui Farinas

O Movimento Partido do Norte agradece reconhecidamente ao Sr. Rui Farinas, um conhecidíssimo portuense ligado à blogosfera e à vida cívica do Porto e do Norte, o ter-se deslocado ao nosso balcão de recolha de assinaturas com várias dezenas recolhidas pelos seus próprios meios, o que demonstra que estamos perante um espírito jovem que percebe bem o que significa a solidariedade, o apoio, a responsabilidade e o poder das redes.

A Comissão Executiva do MPN



27 outubro 2011

Protecção das PME's - proposta do MPN seguida por Bruxelas


De acordo com o Jornal Negócios de hoje, Bruxelas quer dispensar contas trimestrais e aponta para uma poupança de 1,7 mil milhões para as PME.

Esta medida tem sido defendida pelo MPN e foi por mim proposta directamente à deputada europeia Elisa Ferreira. Evita a pressão e falta de planeamento por parte das Grandes Empresas cotadas, sobretudo Banca, e é uma pequena aplicação de medidas mais inteligentes e radicais tomadas pela Suécia na década de 90, com o encerramento das Bolsas de Valores para protecção das PME.

E recorda-me uma noite de Outubro na Católica nos "Olhares Cruzadas pelo Porto" em que tão mal percebida foi por responsáveis políticos e de opinião pública presentes. Demasiada arrogância, sempre.

José Ferraz Alves

PS - "De acordo com o que conheço do ex-Primeiro-Ministro Goran Persson, responsável pela recuperação económica da Suécia, considero que a pressão que os Fundos de Investimento exercem sobre as sociedades cotadas e seus administradores, em que já não chega ter as mesmas taxas de crescimento dos anos anteriores para manter cotações, que por sua vez representam parte substancial da remuneração destes gestores, acaba por suscitar políticas de curto prazo de captação de grande parte da cadeia de valor dos vários processos sectoriais, com inevitável perda para as PME’s. Que são as que criam mais emprego." 2006.11.26

26 outubro 2011

Despedimentos



  • Despedimentos

    Tendo a CP 300 milhões de euros de proveitos e 140 milhões de euros de custos com pessoal não faz sentido que as propostas de poupança passam por mais 5 mil desempregados. É revoltante, demonstra péssima capacidade de gestão e nenhum sentido social. Irão engrossar os subsídios de desemprego e diminuir as receitas fiscais, para se poder, em 2012, mendigar mais 30 ou 40 mil milhões deeuros ao FMI/BCE/CE.

    Neste caso da CP, como no Metro do Porto, temos viabilidade operacional que só não é financeira pelo endividamento ser muito elevado e benéfico para quem empresta.

    Bastaria capitalisar estas empresas para se obter um equilíbrio que assim não se consegue.
    O pior, e revoltante,e injusto, é nenhuma voz audível, com excepção da Igreja, se insurgir contra estes disparates de miúdos mimados que nos governam sem nada saberem da vida. E, já agora, porque continua o silêncio sobre as automotoras e carruagens do Douro vendidas para um armazém na Argentina e aí alvo já de investigação policial? E a vontade expressa de vender os equipamentos de via estreiita, para fazer mais uns dinheirinhos? E porque é que a comunicação social não pega nestes temas?

    José Ferraz Alves
    Secretário Geral MPN
     ·  · Segunda-feira às 15:21 perto de Massarelos · 
      • Nuno Oliveira A comunicação social não pega porque o jornalismo hoje em dia consiste em ler os resumos da Lusa, AFP e Reuters e os press release dos Governos e fazer copy-paste. Se a CP não tivesse perdido 40% dos passageiros nos últimos 20 anos (em que os espanhóis ganharam em vez de perder), com boa gestão e investimentos racionais, seria uma das empresas com melhor saúde financeira do país. Infelizmente está a vingar o discurso de que a ferrovia é para aniquilar.
        Segunda-feira às 15:28 ·  ·  1 pessoa
      • José Carlos Ferraz Alves O que é um grande erro, numa altura em que até o petrolifico EUA constrói uma rede ferroviária nova. Nós encerramos ou metemos debaixo de agua, para a EDP brincar aos parques Disney. Daí defendermos a gestão regional da CP e REFER.
        Segunda-feira às 15:33 ·  ·  3 pessoas
      • Nuno Oliveira Caro JCFA, um dos pontos do novo PET é precisamente a abertura à exploração de redes de transportes por parte de comunidades intermunicipais e interregionais, o que poderia ser um modelo para algumas linhas. Preocupa-me apenas que se repitam os erros de Leixões e Coruche e que tal contribua para um (ainda) pior funcionamento em rede da ferrovia nacional.
        Segunda-feira às 15:41 · 
      • José Carlos Ferraz Alves Há que aprender com os erros e incentivar as CIM a avançar, em parcerias privadas e/ou com os espanhóis.
        Segunda-feira às 15:47 ·  ·  1 pessoa
      • Jorge Teixeira Dos Santos Caros Senhores, será que li bem? a CP tem lucro?
        Segunda-feira às 16:53 ·  ·  1 pessoa
      • José Carlos Ferraz Alves Não, apenas os proveitos cobrem os custos com pessoal. Depois vêm outros custos e encargos com juros. Como referi, seria preferível actuar a este nível e não a despedir pessoal. A CP tem prejuízos e divida sempre a crescer.
        Segunda-feira às 16:58 ·  ·  1 pessoa
      • Nuno Moreira Fotografia ‎"disparates de miúdos mimados que nos governam sem nada saberem da vida" disseste bem.Um disparate pegado esta politica de transportes que se tem feito, e falando em barragens então está o caldo entornado.Não ha a minima duvida que Portugal esta sendo governado por lacaios dos autenticos,uns vendidos de luxo.
        Segunda-feira às 18:31 ·  ·  1 pessoa
      • Zé Zen Serà que os senhores governantes sabem que uma empresa de serviços publicos não tem que ter lucros ? Saberão por acaso que se a CP for subsidiada a 60 % pelo sector publico e tiver receita de 40 % dos utentes, jà é um grande "negòcio ?
        Segunda-feira às 18:45 ·  ·  1 pessoa
      • Jorge Teixeira Dos Santos Claro que é, e seria muito melhor se os Administradores não tivessem salários de 60.000€ por mês , mais mordomias.
        Segunda-feira às 18:58 ·  ·  1 pessoa
      • Zé Zen È preciso falar com Petas Passos Coelho !
        Segunda-feira às 19:15 ·  ·  1 pessoa
      • José Carlos Ferraz Alves O resultado operacional mede a diferença entre os proveitos de 300 milhões e os custos, dos quais 140 estão no pessoal. Nos 160 milhões sobrantes (para que desse equilibrio) estão as comissões, os fornecimentos externos, os custos com substituição de equipamentos. Uma empresa que não tem dívida para a análise da sua rentabilidade aqui, porque não teria juros para pagar. Estão precisamente aqui as mordomias, as comissões de venda de automotoras do Douro para a Argentina, o aluguer de equipamento de substituição em Espanha que é aí mantido, atirando para o desemprego o centro de Contumil. Agora estão a pensar vender as composições de via estreita, os administradores da CP, que vão rodando entre deputados e estes cargos, consoante o PS ou o PSD estejam no Governo. Se este resultado operacional for positivo daria para remunerar/pagar os juros, podendo ter alguma dívida. No Metro do Porto, estiveram muito mal os responsáveis pelo projecto ao irem buscar 85% de dívida bancária garantida pelo Estado para o financiar e agora, Miguel sousa Tavares, incluído vendem-nos a ideia de ser um mau projecto. Se tivesse tido o mesmo nível de apoio do Estado como tem o Metro de Lisboa não teria os problemas dos juros serem o dobro dos proveitos. Mas também aqui caminha para o equilibrio operacional, aquele que se mede antes dos juros.Há muito, para além dos empregados, a rever.
        Segunda-feira às 19:45 · 
      • Nuno Oliveira Na verdade, para o caso do serviço internacional e linha do minho defenderia algo como uma cooperação intermunicipal transfronteiriça e a Renfe, com os municípios a explorarem a linha com fundos PIDDAC e dedicados à alta-velocidade e com os fantásticos comboios regionais galegos. Não seria estranho existir um Porto-Corunha ou um Porto-Madrid-Paris.
        Segunda-feira às 20:19 ·  ·  1 pessoa
      • Luisa Pereira Mais desprego, mais familias empobrecidas, mais problemas...
        Segunda-feira às 20:19 · 
      • Zé Zen Somos os "melhores" do mundo e arredores !
        Ontem às 7:08 ·  ·  2 pessoas