08 julho 2010

Da incompetência

Muitas vezes se pedem razões para a existência de um partido regional e mesmo para a Regionalização. Muitos, eu incluído, se têm esforçado em apresentar argumentos racionais e fundamentados em defesa da existência de partidos com base regional e em defesa das autonomias regionais. Entre a enorme quantidade de argumentos que é possível reunir em defesa de tais desideratos a mim basta-me um: a INCOMPETÊNCIA!

A incompetência de todos os chefes, chefinhos, gestores e gestorzinhos, grandes e pequenos que, nos ministérios, nas repartições, nas empresas públicas e, cada vez mais, também nas privadas, exercem o poder, todo ele, desde o mais insignificante ao mais significativo e influente, a partir de Lisboa. Nas últimas décadas assistimos a uma drenagem e sucção constantes, premeditada, por via directa e indirecta, de tudo o que fosse lugar minimamente qualificado em direcção a Lisboa. Em algumas empresas públicas o processo já chegou ao cúmulo de nem as primeiras e elementares chefias operacionais existirem fora de Lisboa. Gere-se por telemóvel. O argumento normalmente utilizado é o da facilidade de comunicação existente nos nossos dias. Este mesmo argumento pode - devia! - até ser usado para propor o contrário. Mas esse argumento eu até oblitero. Basta-me constatar que se do outro lado do telemóvel estiver um inepto a facilidade de comunicação só serve para promover a incompetência.

O estado é cada vez mais incompetente, desorganizado, gastador, ineficiente e ineficaz até naquilo que são as suas funções fulcrais e inalienáveis: a segurança e a justiça. Este processo não é de hoje. É cíclico e embora se tenha agravado nas últimas duas a três décadas tem séculos.

Existem mais de 300 autarquias locais em Portugal. De entre elas existem com certeza as que são incompetentes e até corruptas. Mas se em muitas cidades, vilas e aldeias deste país, principalmente no interior, mas também no litoral, se testemunhou algum desenvolvimento a elas se deve. E, apesar das suas imensas dificuldades financeiras, elas são responsáveis apenas por 12% da gigantesca dívida pública que atola o país. O estado central é responsável por 88%.

Esta INCOMPETÊNCIA, que já dura há séculos e que fez de nós um país mendicante, tão bem plasmada nesta notícia, é argumento mais do que suficiente para justificar a existência de um partido regional e pugnar pela autonomia regional.

Viva a Liberdade!

2 comentários:

  1. OS CIDADÃOS SÓ CONSEGUEM DEFENDER-SE DOS POLÍTICOS SE E SÓ SE:
    1º - NA CONSTITUIÇÃO CONSEGUIRMOS COLOCAR UM ARTIGO QUE PASSE A INDEXAR OS SEUS SALÁRIOS AO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL (POR EXEMPLO - NENHUM POLÍTICO PODE GANHAR MAIS DO QUE 10 SALÁRIOS MÍNIMOS NACIONAIS, INCLUINDO AS AJUDAS DE CUSTO).
    DESSE MODO, SE ELES QUIZEREM GANHAR MAIS TERÃO DE AUMENTAR OS SALÁRIOS MÍNIMOS MAS PARA ISSO, É NECESSÁRIO QUE PRIMEIRO PROMOVAM A CRIAÇÃO DA RIQUEZA.
    2º - O ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO NÃO PODE PREVER A ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS DE VALOR SUPERIOR A 40% DO PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO.
    3º - AS DESPESAS CORRENTES DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO NÃO PODEM ULTRAPASSAR 15% DO ORÇAMENTO SENDO 25% DESTINADO OBRIGATÓRIAMENTE A DESPESAS DE INVESTIMENTO.
    4º - TODAS AS NORMAS QUE FIXEM PRAZOS AS CIDADADÃOS PARA DESENCADEAREM UMA ACÇÃO. TEM DE OBRIGATÓRIAMENTE TAMBÉM FIXAREM IGUAL PRAZO AO FUNCIONÁRIO PÚBLICO QUE ESTIVER INCUMBIDO DE A APLICAR. CASO NÃO A APLIQUE DENTRO DO PRAZO, SERÁ CONSIDERADO NEGLIGÊNCIA GRAVE. DESTE MODO COMBATE-SE A CORRUPÇÃO, A MOROSIDADE DA JUSTIÇA E A ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DE LEIS SEM PRIMEIRO A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE MEIOS HUMANOS E MATERIAIS PARA AS APLICAR.
    5º JUNÇÃO DE TODAS AS REFORMAS E PENSÕES QUE BENEFICIAM TODOS OS EX-POLÍTICOS EX-GESTORES PÚBLICOS E EX-FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NUMA SÓ REFORMA/PENSÃO A QUAL NÃO PODERÁ ULTTRAPASSAR O MÁXIMO DE 6 SALÁRIOS MÍNIMOS.

    OS POLÍTICOS SÃO UM MAL NECESSÁRIO POR ISSO TEMOS DE OS CONTROLAR.

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