Eu percebo [ó se percebo], a desconfiança e os medos justificados de certos cidadãos com a classe política, porque têm razões de sobra para isso. Só não percebo, é qual a solução prática que propõem para ultrapassar esse problema.
O povo do Norte não é o único no país com motivos de queixa do desprezo com que tem sido tratado pelo Governo Central, porque, grosso modo, os efeitos perniciosos do centralismo sentem-se um pouco por todo o território, mas é sem dúvida alguma a Norte, que tem provocado os maiores estragos. Estranha-se, é que muitos dos que agora hostilizam o Movimento Pró-Partido do Norte, se recusem a reconhecê-lo. Contra factos não há argumentos. Ora, se os factos são o melhor remédio para retirar uma dúvida, porque é que ainda há quem se recuse a reconhecê-los?
Obviamente, que desse grupo de cépticos mais ou menos agressivos, não estou a incluir aqueles que estão actualmente instalados e acomodados na partidocracia, porque esses, desde logo, tenderão naturalmente a rejeitar o ressurgimento de um novo Partido, quanto mais não seja por temor à concorrência e, fundamentalmente, pela força que essa ideia comporta.
Dizem que o MPPNorte não tem ideologia [como se eles a tivessem] mas temem-no, justamente por este representar muito mais do que uma ideologia, ou seja: uma Necessidade. O Norte necessita de um Partido que lhe devolva a voz e a governabilidade que o Centralismo lhe roubou. Portanto, ponhamos a ideologia de molho, e avancemos para o que é necessário e urgente.
Mas, não são os acomodados da partidocracia que me adensam o enigma, são sobretudo aqueles cidadãos anónimos que a espaços gostam, curiosamente, de esgrimir a mesma argumentação dos primeiros. Queixam-se que o novo Partido só servirá para dar emprego a políticos/doutores desempregados, negando-lhes o benefício da dúvida, sem lhes louvar a vontade de mudar, mas são incapazes de sugerir alternativas realistas para a situação actual. Podiam começar - por exemplo -, por nos indicar como é que pensam derrubar do poleiro, dos tachos e dos cambalachos, os políticos/governantes que neste mesmo instante deles se estão a governar, desgovernando-nos... Entre prevenir por suspeição e agir por constatação, faz todo o sentido escolher a segunda hipótese...Ou, aquilo que propõem é continuar a cruzar os braços?
Porque é que não publicam no blog o comunicado que foi ontem distribuído à imprensa, que está no Facebook?
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