(...in Lusa)
Porto, 31 mai - A comissão coordenadora do movimento Pró-Partido do Norte anunciou hoje, no Porto, que quer concorrer já nas próximas legislativas, visando a criação de um grupo parlamentar e a eleição de deputados.
O movimento Pró-Partido do Norte - que está a ser formado com o objetivo de formar um partido político do Norte através do qual a região tenha uma voz e uma representação a nível nacional - elegeu sábado a sua comissão coordenadora, com o socialista Pedro Baptista como um dos nomes que está na base da ideia.
Em conferência de imprensa hoje realizada num histórico hotel do Porto, Pedro Baptista -- elemento da oposição ao líder distrital socialista Renato Sampaio -- anunciou que o objetivo do movimento é conseguir formar o partido a tempo das próximas legislativas.
“Temos como objetivo concorrer às próximas legislativas, o problema é que não se sabe quando é que isso pode acontecer devido à situação atual”, adiantou Pedro Baptista.
Outras das metas traçadas pelo movimento é, para o responsável, que o partido constituído “dispute o poder central, faça eleger deputados e crie um grupo parlamentar”, garantindo assim um “compromisso direto regional com o Norte e com o eleitorado”.
Segundo salientou o “objetivo é ser uma solução governativa e poder infletir a situação da política governamental, no sentido do Norte ser ressarcido desta situação de regressão dos últimos 20 anos”.
Pedro Baptista salientou que o Norte é a única região de Portugal que regrediu em todos os indicadores económicos e sociais.
“A situação de queda económica do Norte corresponde exatamente à queda do país. Nós defendemos, e temos ideias e propostas para isso mesmo, uma redução drástica da despesa político-administrativa central. Queremos um Governo mais pequeno, com menos ministérios”, disse.
O responsável frisou que o movimento defende a “Regionalização o mais breve possível”, e salientou o facto da “comissão coordenadora eleita, composta por cerca de 25 elementos, ser constituída por pessoas, muito jovens, oriundas dos vários quadrantes ideológicos.
Relativamente à questão legal que se levantou relativamente à denominação do partido -- o quarto parágrafo do artigo 51 da Constituição “proíbe a composição de partidos com denominação e âmbito regional” -- Pedro Baptista garantiu que decidiram lidar “com frontalidade” com este contratempo.
“Nos últimos quinze dias já conseguimos colocar na agenda da revisão constitucional a revogação desse artigo. Se não conseguirmos resolver este impasse legal teremos um plano B que passará por mudar o nome do partido para algo como Partido Regionalista”, afirmou.
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