É mesmo só quando a vida começa a revelar graves contrariedades que os cidadãos se disponibilizam para a luta. Ainda assim, alguns, continuam a «confiar» naqueles que cavaram o profundo buraco onde o país se continua a enterrar entregando-lhes o voto. Custa a crer que seja por ingenuidade. Portanto, se o fazem, é porque têm algum interesse nisso. Só que, nunca o confessarão.
Na forja, prepara-se um Movimento de cidadãos do Norte de diversas profissões e simpatias político-partidárias aparentemente dispostos a demarcar-se dos partidos existentes e a dar uma volta de 180º à situação. As razões estão bem à vista, os partidos do arco do Poder e mesmo os da oposição, não querem saber do Norte para nada e da sua gravíssima depauperação económica e social.
Seria estrategicamente inteligente e sensato, nesta fase de arranque, que todos aqueles que se revêem no nosso inconformismo se empenhassem unicamente em apoiar este Movimento sem olhar a detalhes, visto que é o divisionismo e a discriminação que nos tem sido votada pelo Poder Central a principal causa do nosso descontentamento. Convirá aderirmos com espontaneidade e confiança de forma a tornar imparável um Movimento, que para atingir o objectivo de se constituir em Partido Político terá necessariamente de ser forte e muito participado.
É verdade que temos todas as razões para estar alerta, para não nos deixarmos impressionar com a mudança pela mudança. A Regionalização, não é remédio milagreiro para os nossos problemas, mas é sem dúvida o caminho mais curto para os resolvermos. A questão da coesão nacional nunca estará em causa com a Regionalização, ao contrário do Centralismo que é o seu maior inimigo. Hoje, há muitos portugueses fervorosos que já aceitam desligar-se da tutela nacional, exactamente por se sentirem ofendidos na sua dignidade de portugueses com as sucessivas acções de desprezo e de desconsideração perpetradas por vários Governos sem mostrar quaisquer sinais de arrependimento. A tendência, como podemos constatar todos os dias, é para piorar. O Norte é o «Cristo» do país, e continuará a sê-lo se não fizermos nada para refrear estes ímpetos discricionários.
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