16 janeiro 2011

O NORTE E A COMUNICAÇÃO SOCIAL

Realizou-se no passado sábado, dia 15 de Janeiro, conforme previsto, na Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, a MESA-REDONDA sob o tema em epígrafe, com a presença dos jornalistas David Pontes (LUSA) Dinis Sottomayor (RTPN), Fátima Torres (RTV), Eduardo Madureira (DIÁRIO DO MINHO) José Queirós (Provedor do leitor do PÚBLICO), Manuel Carvalho (PÚBLICO), Rogério Gomes (GRANDE PORTO) e Vanda Balieiro (PORTO CANAL).

Com uma sala repleta de meia centena de assistentes e participantes, a linha geral das intervenções foi no sentido da necessidade da regionalização do país, do surgimento da Região Norte que permita substancializar a Euro-região Galiza-Norte de Portugal, uma vez que, no dizer de um dos intervenientes, só há notícias onde há poder.

Foi também analisado o processo histórico que levou ao definhamento empresarial do Norte e em particular do Porto com incidência na indústria da comunicação social.

Todavia, estiveram subjacentes ou foram mesmo explicitados outros problemas, a saber; a existência de uma visão nortenha do país; a problemática de saber-se se ou não uma identidade nortenha; a questão de saber-se se a comunicação social nortenha deve ou não ser “neutra” frente à visão centralista do país ou não deverá, pelo contrário, ser contraponto à referida visão centralista que domina a comunicação social portuguesa.

Vários intervenientes da Mesa e do Público referiram , durante as três horas que durou o debate, o papel do Porto no Norte, combatendo concepções portocentristas mas também, por outro lado, como frizou o Eng. Carlos Brito, combatendo qualquer tendência que queira fazer diluir-se a importância do Porto, cidade axial de toda a Região Norte e mesmo do Noroeste Peninsular.
A terminar, Pedro Baptista que moderou o debate em nome do MPN, afirmou que, como conclusão iniludível de todas as intervenções, retirava-se a conclusão de que o Norte não tem outro caminho senão combater, até porque, como afirmou Fátima Torres, a liberdade não se dá mas conquista-se.

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