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Movimento pró Partido do Norte denuncia discriminação criada pela instalação de portagens no Grande Porto
O Movimento Pró Partido do Norte desafiou esta terça-feira todos os nortenhos a lutarem «por todas as formas» contra a discriminação criada pela instalação de portagens no Grande Porto, rejeitando «este tratamento de tipo colonial».
Em comunicado citado pela Lusa, aquele movimento denuncia o que diz ser «o carácter discriminatório, selectivo e colonial de uma decisão arbitrária que nem sequer os próprios critérios legais de aplicação respeita».
«Se um dos critérios norteadores da decisão é a sua aplicação a regiões mais desenvolvidas, ela não podia ser mais infeliz, e mesmo cínica, tendo em conta o estado de depressão em que a região se encontra, a única região portuguesa que regrediu nos últimos dez anos no plano económico e social», sublinha o movimento.
«Já sabíamos que o Governo não tinha a mínima ideia da política de desenvolvimento regional necessária para o Norte do país, mas esta decisão demonstra, muito pior do que isso, uma atitude de afronta, insensibilidade e humilhação que faz lembrar a política colonial», acrescenta.
Para a organização, «os nortenhos não são portugueses de segunda. E a queda da economia nacional, com respectivo défice público e externo resulta, na sua maior parte, da queda do Norte, o grande motor produtivo e exportador do país».
«A política do Governo de extorsão ao Norte com a introdução selectiva de portagens é pois uma política contra o país. É mais um atentado à coesão nacional e uma recusa em promover um desenvolvimento sustentável e harmonioso em todo o território nacional», frisa.
O movimento «exorta também todas as autarquias e todas as forças políticas a unirem-se frontalmente contra esta medida, incluindo o Partido Socialista do Porto, que está veiculado explicitamente a uma decisão do seu último Congresso Distrital de repúdio pelas portagens na região, chamando a atenção para isso dos deputados eleitos pelo Porto e pelos círculos afectados».
Para esta organização, «além da questão das portagens, o que está em jogo é muito mais: é os governos saberem se podem continuar a política de extorsão do Norte que se tem vindo a verificar ou os governos perceberem que as coisas mudaram e a partir de agora vão ter de enfrentar a resistência nortenha e a exigência daquilo a que o Norte tem direito: a ser tratado por igual».
O movimento «considera ridículas as notícias deixadas hoje cair de que, mais tarde, outras regiões também serão afectadas com portagens, tentando fazer passar uma intenção de equidade. Não há mais tarde nem mais cedo, os portugueses são todos iguais face à lei e têm de ser tratados por igual».
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