15 junho 2010

Movimento pró-Partido Norte

Comunicado de Imprensa

A propósito da tentativa governamental de passar a cobrar portagens nas SCUT do Norte Litoral, o Movimento pró-Partido Norte vem mais uma vez denunciar o carácter discriminatório, selectivo e colonial duma decisão arbitrária que nem sequer os próprios critérios legais de aplicação respeita.

Se um dos critérios norteadores da decisão é a sua aplicação a regiões mais desenvolvidas, ela não podia ser mais infeliz, e mesmo cínica, tendo em conta o estado de depressão em que a região se encontra, a única região portuguesa que regrediu nos últimos 10 anos no plano económico e social.

Já sabíamos que o governo não tinha a mínima ideia da política de desenvolvimento regional necessária para o Norte do país, mas esta decisão demonstra, muito pior do que isso, uma atitude de afronta, insensibilidade e humilhação que faz lembrar a política colonial.

Ora os nortenhos não são portugueses de segunda! E a queda da economia nacional com respectivo défice público e externo resulta, na sua maior parte, da queda do Norte, o grande motor produtivo e exportador do país.

A política do governo de extorsão ao Norte com a introdução selectiva de portagens é pois uma política contra o país. É mais um atentado à coesão nacional e uma recusa em promover um desenvolvimento sustentável e harmonioso em todo o território nacional.

O Movimento pró-Partido do Norte exorta todos os nortenhos e todos os portugueses a lutarem por todas as formas contra esta discriminação, rejeitando este tratamento de tipo colonial.

Exorta também todas as autarquias e todas as forças políticas a unirem-se frontalmente contra esta medida, incluindo o Partido Socialista do Porto que está veiculado explicitamente a uma decisão do seu último Congresso Distrital de repúdio pelas portagens na região, chamando a atenção para isso dos deputados eleitos pelo Porto e pelos círculos afectados.

O Movimento pró-Partido do Norte considera que, além da questão das portagens, o que está em jogo é muito mais: é os governos saberem se podem continuar a política de extorsão do Norte que se tem vindo a verificar ou os governos perceberem que as coisas mudaram e partir de agora vão ter de enfrentar a resistência nortenha e a exigência daquilo a que o Norte tem direito: a ser tratado por igual.

Finalmente, o Movimento considera ridículas as notícias deixadas hoje cair de que, mais tarde, outras regiões também serão afectadas com portagens, tentando fazer passar uma intenção de equidade. Não há mais tarde, nem mais cedo, os portugueses são todos iguais face à lei e têm de ser tratados por igual.

15 de Junho de 2010-06-15

Pela Comissão Coordenadora

3 comentários:

  1. Concordo com o "blasfémias" infelizmente neste país até para se fazer uma manifestação digna desse nome tem de ser em lisboa, caso contrário não é tida nem achada pelos média.
    Sugiro que o movimento pense seriamente numa forma de protesto verdadeiramente mobilizadora de forma a demonstrar que não estamos nisto por desporto mas sim por indignação e necessidade de mudança, sem dar essa prova aos nortenhos não seremos capazes de os mobilizar!

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  2. se toda a gente passar sem a porcaria do chip elas as tv's aparecem

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  3. 100 protestantes nortenhos em marcha lenta sincronizada nas AE alvo de Lisboa geram um protesto idêntico ao da ponte 25 Abril no final de Cavaco...

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