Por motivos profissionais não estive presente na reunião fundadora do Movimento. Felicito todos os que no passado sábado deram este gigantesco passo em frente para as aspirações de Justiça e Desenvolvimento da nossa Região. O Futuro começa agora.
O Público traz hoje um trabalho sobre a intenção do governo fechar mais umas centenas de escolas no interior do país, principalmente a Norte e Centro. Uma das justificações avançadas pelo ministério da educação(?) é o facto de escolas com poucos alunos serem propiciadoras de maior insucesso escolar. Mas há algo que eu não percebo, ou está mal explicado, ou eu, nas minhas limitações - que são muitas e variadas - sou incapaz de ler e compreender a infografia que acompanha o trabalho jornalístico. Se a taxa de retenção dos alunos a Norte é de apenas 2,9% , contra 5% na Região de Lisboa (lá se vai a teoria de que só as escolas com poucos alunos é que apresentam altas taxas de retenção) e se a Norte apenas 1,3% das escolas têm menos de 10 alunos, contra 1,9% na Região de Lisboa e 6,2% no Alentejo, porque razão a maioria das escolas a encerrar se situam no Norte e no Centro? A mim parece-me que existe apenas uma correlação entre insucesso escolar e escolas pequenas e não uma relação de causa efeito. As causas do insucesso devem ser procuradas noutros factores.
Este tipo de medidas e "poupanças" é mais um contributo para a desertificação e empobrecimento do território "interior"*; e é mais um sinal de que este estado que manda as mães do Alentejo dar à Luz em Badajoz, e as gentes de Valença do Minho procurar remédio para as suas maleitas em Tui, já há muito que desistiu deliberadamente de uma das suas pricipais funções - a soberania sobre o território - e só se preocupa com os privilégios da oligarquia que em Lisboa se instalou na mama dos negócios do betão e das empresas protegidas da concorrência interna por esse mesmo estado, e da externa por se dedicarem exclusivamente aos bens e serviços não transaccionáveis internacionalmente. As EDP's, as GALP's e as PT's do regime.
* é ridículo chamar interior a algo que dista 120 km do mar.
O modelo de desenvolvimento económico da região de Lisboa (capitalismo sem capital, endividamento, monopólios públicos e privados, drenagem de procura, investimentos e impostos do resto de Portugal, bens e serviços não transaccionáveis) está em colapso. A respectiva elite económica negando a realidade fará tudo para manter o status quo. As medidas de drenagem do resto do território, via «spill-ovver», fechos das escolas do interior Norte e Centro, desvios de verbas da Alta Velocidade a Norte para a TTT, portagem das SCUTS regionalmente concentradas, sub-investimento no ensino superior público e hospitais públicos a Norte, drenando procura para sul, fecho de linhas de ferrovia a Norte, serão reforçadas. A prioridade do Partido do Norte deverá ser descobrir, denunciar, impedir estas injustiças e sabotagens ao nosso legítimo desenvolvimento. A Regionalização não é tão urgente. Urgente mesmo é nos protegermos do colapso da economia lisboeta. Tema a aprofundar oportunamente.
ResponderEliminarhttp://norteamos.blogspot.com/2010/06/urgente-mesmo-e-nos-protegermos-do.html
Contem com o meu apoio! Tenho 17 anos e faço 18 este ano e não vejo nenhum partido que corresponde àquilo que quero e espero para o nosso país. Sou um jovem que está à espera de um futuro melhor! E quanto mais partidos melhor! Viva a democracia! Chega de monopólios! Força Partido do Norte!
ResponderEliminarUm abraço!
João Bragança