12 abril 2011

Ex-scuts: É para comermos mais esta?

15 de Abril foi a data limite indicada para que todos no País pagassem pela utilização destas vias de comunicação.
Erradamente, porque nenhuma deveria ser paga, dado a maioria ser efectivo serviço público, por falta de alternativas decentes.
Afinal, para que serve um Estado, que com os nossos impostos nem vias de comunicação decentes nos apresentam?
Sempre defendi que os 14% de remuneração garantida pelos concessionários pagarem à Banca deveriam ter sido renegociados e que são a base de este problema destas Parcerias Público Privadas.Não é só uma questão de equidade regional mas também social, em que a cadeia de valor que vai do utilizador ao financiador deveria ter sido renegociada. E o problema de Portugal é a má redistribuição regional e social de rendimentos.

Mas, como esteve em causa também defender os interesses da Brisa, que com isto aumentou o tráfego nas suas A1 e A3, está bem de ver o que moveu o nosso Governo Centralista.

Agora, com a conivência do PSD e a estranha posição do Dr. Rui Rio no Semanário Grande Porto, que aceita esperar por um futuro governo de não gestão, mais preocupados com os votos nas próximas eleições nacionais do que a defesa dos interesses dos que vivem no e do Norte Litoral, vem a estranha decisão de considerar que não há poderes legítimos para implementar decisões tomadas há meses em Conselho de Ministros, por estarmos em Governo de Gestão, discriminando mais uma vez esta Região.

Já sabemos que as receitas das vias do interior nunca seriam muito significativas, e que as decorrentes da colónia balnear Lisboeta do Algarve não seria para pagar pelos senhores de Cascais, pelo que o que interessava é o que está agora em vigor. O Norte e os seus 3,7 milhões são uma excelente fonte de receita.

Eu não me resigno. Sei que o MPN também não. Peço para estarem atentos e que nos apoiem numa luta por uma causa que é de justiça simples e constitucional, a igualdade de tratamento para todos os cidadãos do Continente.

Há mais coisas para dizer sobre as PPP, mas vou deixar para o post seguinte.

José Ferraz Alves

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